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Chega quer chamar ao Parlamento ministro da Defesa


O Chega requereu, esta terça-feira, uma audição urgente com o ministro da Defesa, na sequência das declarações de Nuno Melo sobre a inclusão de jovens delinquentes no serviço militar.

“Foi com profunda preocupação que tomamos conhecimento, através de declarações recentemente divulgadas, da proposta avançada pelo Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, que sugere a inclusão de jovens delinquentes no serviço militar como alternativa às instituições de reabilitação”, sublinhou o partido no requerimento.

Para o Chega, “esta proposta, além de revelar uma visão simplista e redutora sobre a complexidade dos problemas sociais e criminais enfrentados por jovens em situação de vulnerabilidade, parece ignorar os princípios fundamentais que regem as Forças Armadas e o serviço militar no nosso país”.

“É imperativo questionar a eficácia e a ética de utilizar o serviço militar e as Forças Armadas, uma instituição basilar da Defesa Nacional e de representação da soberania do Estado, como meio de reabilitação social. O serviço militar, com suas exigências, disciplina e valores, não deve ser visto como um mecanismo punitivo ou alternativo ao sistema de justiça juvenil”, destacou o partido liderado por Ventura.

Foi a 27 de abril que o ministro da Defesa, Nuno Melo, defendeu que os jovens que cometem pequenos delitos devem cumprir serviço militar.

“São institucionalizados por pequenos delitos, e na maior parte dos casos (essas instituições) só funcionam como uma escola de crime para a vida. Quantos destes jovens é que, se em vez de estarem institucionalizados sem nenhuma condição, pudessem cumprir um serviço militar, ter oportunidade de um exercício de formação, de autoridade, de valores, não poderiam ser mais tarde cidadãos muito melhores e simplesmente não lhes foi dada essa oportunidade?”, questionou Nuno Melo na Universidade Europa, uma iniciativa de formação política do PSD.

Além do Chega, a IL anunciou nas redes sociais, na noite de segunda-feira, que vai chamar o ministro da Defesa, Nuno Melo, ao Parlamento para que este preste explicações sobre a “inenarrável intenção de ter criminosos de pequeno delito a fazer serviço militar”.



Fonte: Economico – Politica

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