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Fidelidade suspende IPO da Luz Saúde


A Fidelidade anunciou esta terça-feira que suspendeu o plano de colocação em bolsa da Luz Saúde devido à instabilidade recente nos mercados de capitais, agravada pelas tensões no Médio Oriente.

Estava previsto um calendário da operação de venda de ações da Luz Saúde que pressupunha o regresso do grupo à bolsa de Lisboa a 3 de maio.

“Apesar do elevado interesse suscitado junto dos investidores, a Fidelidade e a Luz Saúde decidiram não avançar com a operação de colocação em bolsa da Luz Saúde”, acrescenta a companhia de seguros.

A Fidelidade explica que a decisão foi tomada “após cuidadosa avaliação das condições de mercado, caracterizadas pela instabilidade recente nos mercados de capitais, agravada pelas tensões no Médio Oriente”.

“A volatilidade dos mercados atingiu níveis elevados e os principais índices bolsistas globais desvalorizaram, sistematicamente, nos últimos dias. Neste contexto, não se encontram reunidas as condições de mercado que permitam uma correta valorização do ativo”, acrescenta a seguradora liderada por Rogério Campos Henriques.

A seguradora, detida maioritariamente pela Fosun, diz que a Luz Saúde é uma das melhores empresas portuguesas, tanto pela robustez do seu negócio, como pelas perspetivas de desenvolvimento.

A Fidelidade “reafirma o seu compromisso com a sustentabilidade e crescimento a longo prazo do negócio da Luz Saúde e, como tal, continuará a avaliar opções geradoras de valor para o ativo, não existindo, contudo, qualquer pressão para a realização da operação em condições que não sejam consideradas as mais adequadas”.

Por fim a seguradora sublinha que “esta abordagem permite salvaguardar os interesses da Fidelidade, da Luz Saúde e dos seus stakeholders, que é o grande propósito que nos move”.

A Luz Saúde anunciou formalmente um aumento de capital de até 100 milhões de euros através da colocação privada de novas ações junto de investidores institucionais, tanto em Portugal como no estrangeiro, e aprovou, em assembleia-geral, a emissão de até 23,88 milhões de títulos, o correspondente a 20% do novo capital.

 

 



Fonte: Economico – Politica

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