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Estado da nação: António Costa anuncia que “está tudo preparado” para a vacinação das crianças com mais de 12 anos antes do início do ano letivo



O primeiro-ministro António Costa arrancou o debate sobre o estado da nação desta quarta-feira com a revelação de que “está tudo preparado” para arrancar com a vacinação contra a Covid-19 de 470 mil jovens com mais de 12 anos nos fins de semana entre 14 de agosto e 19 de setembro, aguardando apenas a decisão final da Direção-Geral de Saúde para garantir a inoculação com as duas doses da vacina “atempadamente”, ou seja, antes do início do próximo ano letivo.

“Estamos numa corrida contra o tempo entre a vacinação e a sucessão de novas variantes do vírus”, disse António Costa no início da intervenção com que abriu o debate sobre o estado da nação que está a decorrer na Assembleia da República, destacando o progresso do processo de vacinação contra a Covid-19, que permitirá ter 73% da população adulta portuguesa imunizada em agosto.

Sendo a vacinação a primeira de cinco prioridades apresentados pelo primeiro-ministro, António Costa somou-lhe o reforço do Serviço Nacional de Saúde, com a contratação de 28.984 profissionais de saúde, dos quais 4.366 desde o final do ano passado, destacando a necessidade de assegurar a vinculação desses trabalhadores num regime de dedicação plena.

No que toca à educação, António Costa realçou a importância de recuperar aprendizagens nos próximos dois anos letivos, nos quais espera já não existirem interrupções no ensino presencial devido aos avanços na vacinação, prevendo-se um aumento no número de professores nas escolas públicas.

Para o final ficaram as apostas do Executivo na execução da agenda do trabalho digno e com direitos, regulando o teletrabalho e as plataformas digitais, e na necessidade de pôr em ação a recuperação económica de Portugal. Recordando que passa precisamente um ano desde o “Conselho Europeu histórico” em que houve um acordo entre os Estados-membros da União Europeia para o aparecimento do Plano de Recuperação e Resiliência, Costa apontou para setembro o processo que culminará na chegada de 23,2 mil milhões de euros de fundos no âmbito do Portugal 2030, que somados às verbas da “bazuca europeia” levarão à disponibilização de 40 mil milhões de euros “ao serviço da transformação da economia e da sociedade”.

“Após um ano e meio particularmente exigente é tempo de olhar em frente e superar desafios”, disse António Costa, após reafirmar que o seu governo manterá o foco na habitação acessível, mobilidade não poluente e na digitalização da economia, reservando no final da intervenção inicial elogios aos empresários que permitiram que a “contenção da taxa de desemprego” em 7,3% e destacando que o valor de exportação de bens no primeiro trimestre de 2021 superou o do período homólogo.

Antes do início da fase das perguntas dos grupos parlamentares e dos deputados únicos, o primeiro-ministro encerrou com a garantia de que “todos estão convocados para a tarefa de não deixar ninguém para trás “, mas também com a necessidade de “aproveitar as oportunidades irrepetíveis” decorrentes do Plano de Recuperação e Resiliência.



Fonte: Economico – Politica

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