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Iniciativa Liberal pede equilíbrio entre “eficácia no combate à pandemia e impactos negativos na economia”



O líder da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, garantiu que o partido mantém o voto contra o estado de emergência que, na opinião do deputado único “é um cheque em branco”, e pediu medidas equilibradas entre “eficácia no combate à pandemia e os impactos negativos na economia”.

Depois da reunião com os partidos e Governo com o Infarmed esta quinta-feira, João Cotrim de Figueiredo pediu que fossem equacionadas “entre duas ou três medidas possíveis” no sentido de “escolher a que tem melhor equilíbrio entre eficácia no combate à pandemia e os impactos negativos na economia”.

O representante liberal garantiu, de momento, que “não é possível dizer que o que está a acontecer tem a ver necessariamente com aquela medida ou com aquela ou outra”, acrescentado que “qualquer aluno de primeiro ano de estatística sabe, correlação não é casualidade, as coisas acontecerem e de ordem cronológica não significam que uma tenha acontecido por causa da outra”.

João Cotrim de Figueiredo admite que “uma medida que obviamente reduz o número de contactos entre pessoas, só pode beneficiar o combate à pandemia”, mas sublinha que “tem um impacto económico muito grande”. “Esse impacto económico vai produzir problemas de saúde e de mal estar numa população de forma geral provavelmente mais graves do que aqueles que está a resolver”, assegurou o presidente da IL que acredita que “esse desequilíbrio nunca foi suficientemente acautelado”.

Quanto ao voto do estado de emergência, João Cotrim de Figueiredo explicou ser “difícil reverter uma decisão contra votar contra do estado de emergência pelo motivo simples de que o estado de emergência em Portugal tem sido tomado como uma espécie de cheque em branco para tomar decisões que não são de bom senso”.

João Cotrim de Figueiredo lembrou que inicialmente o Governo disse que não haveria recolher obrigatório, mas “um dia depois do decreto presidencial ser publicado o que é que tivemos? O recolher obrigatório e regras de circulação graves”.

Apesar da posição do partido, o liberal frisou que “medidas de contenção são necessárias” e que “se do ponto de vista legal ou constitucional for preciso ter o estado de emergência para se aplicar, seremos os primeiros a defende-la, mas sempre com o equilíbrio necessário para que não sejam mais gravosas as medidas de contenção”.



Fonte: Economico – Politica

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