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Bruxelas alarga prazo para Estados-membros comunicarem se querem mudança de hora


A Comissão Europeia vai alargar o prazo para os países comunicarem se querem ou não manter a mudança da hora duas vezes por ano. Os Estados-membros da União Europeia (UE) tinham até abril para comunicar a sua intenção, mas o prazo deve ser alargado para março de 2020, a fim de possibilitar a todos um debate mais aprofundado sobre a medida.

O órgão executivo da UE indica que a grande maioria das partes interessadas é favorável à suspensão das mudanças de hora sazonais. Mas para quem ainda não se decidiu, a Comissão Europeia vai dar mais tempo. Em Portugal, o Governo de António Costa já disse que não vai abolir a mudança da hora, argumentando que não há nenhuma razão “para que se contrarie a ciência e se faça algo de forma discricionária”.

Um estudo feito por Bruxelas revelou que a maioria dos europeus inquiridos (76%) tem uma experiência negativa com a transição da hora de inverno para a hora de verão. Quase metade dessas respostas (43%)  estavam relacionadas com questões de saúde e preocupações neste domínio, enquanto 20 % eram justificadas pela inexistência de poupanças de energia.

“A variedade de questões de saúde relacionadas com a hora de verão é ampla, abrangendo os efeitos a curto prazo (ou seja, durante os dias que se seguem à mudança) e os efeitos a longo prazo, assim como os efeitos positivos e negativos. No entanto, o impacto relevante na saúde humana das perturbações do ritmo biológico devidas à mudança de hora continua a ser pouco claro e requer uma investigação mais aprofundada sobre o processo de adaptação à mudança de hora”, lê-se no parecer da Comissão Europeia.

Tendo em conta as experiências negativas e os efeitos nocivos para a saúde, a Comissão Europeia decidiu tomar em consideração “os efeitos potencialmente adversos da mudança de hora para a saúde, que foram objeto de inúmeros estudos e debates”. Os estudos mostram que pode haver ligação entre a mudança para a hora de verão e o risco de ataques cardíacos, a perturbação do ritmo biológico, a privação de sono, a falta de concentração e de atenção, o aumento do risco de acidentes, níveis mais baixos de satisfação em geral e, até, taxas de suicídio.



Fonte: Economico – Politica

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