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CGTP reafirma que OE2022 “não enfrenta com coragem os problemas gravíssimos” do país



Isabel Camarinha reforçou esta quarta-feira que a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) não responde aos problemas da economia portuguesa, sublinhando que algumas propostas presentes no documento constituem meros “paliativos”, enquanto outras, como a subida dos salários na função pública, só são recebidas com tanto entusiasmo porque são devidas há muito tempo aos trabalhadores.

A líder da CGTP dirigiu-se aos jornalistas no fim da reunião de concertação social desta quarta-feira, reiterando que mantém a intenção de “organizar e mobilizar os trabalhadores na exigência de melhores condições de trabalho” e colocando o foco nas exigências de aumentos de 90 euros na administração pública, subida do salário mínimo nacional para 750 euros, redução do horário de trabalho para 35 horas semanais e o combate à precariedade.

Apesar de o Governo ter garantido à intersindical que o documento para o OE2022 está encerrado, a organização relembra que a decisão está do lado do Executivo, argumentando que “todas as matérias que contribuem para a melhoria das condições de vida e trabalho e para dar resposta às dificuldades dos trabalhadores e do país” deverão ser consideradas no debate orçamental.

Assim, Isabel Camarinha argumenta que o conjunto de medidas do OE2022 “não enfrentam com coragem” os problemas laborais do país, reforçando que uma grande parte deste é um mero “paliativo em algumas matérias abusivas”.

No entanto, “cabe à Assembleia da República analisar alterações à lei”, pelo que a decisão e aprovação ou não do documento recairá sobre este organismo, do qual a CGTP não faz parte, recorda a líder sindical.



Fonte: Economico – Politica

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