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Dificuldade de marcação de consulta e mau atendimento resultam em 3 mil queixas ao setor de saúde



No dia em que o Serviço Nacional de Saúde celebra 41 anos, o Portal da Queixa revela um estudo analítico sobre as reclamações dos portugueses dirigidas ao setor da Saúde e que colocam a dificuldade de marcação de consulta e o mau atendimento como as principais lacunas do setor.

Segundo os resultados, desde o início da pandemia, no passo mês de março, até ao final do Estado de Alerta decretado pelo Governo, a maior rede social de consumidores de Portugal recebeu mais de três mil reclamações , para um total de 3.012. Trata-se de um aumento de 77%, face ao mesmo período no ano passado quando foram contabilizadas 1.703 queixas.

Estas queixas foram dirigidas principalmente a farmácias — que, comparativamente com o período homólogo, registaram o maior crescimento do número de queixas, uma subida de 284% —, hospitais públicos e centros de saúde. Porém, o Portal da Queixa regista também um aumento de 92% das queixas apontadas aos hospitais privados (237, em 2019, para 454, em 2020).

A plataforma de reclamações online informa ainda que nas farmácias verificou-se que o principal problema reportado foi a venda de máscaras (58%), devido ao enorme tempo de espera e escassez do produto que se assistiu no inicio da pandemia, seguindo-se o exponencial aumento dos preços praticados do álcool gel desinfetante, que geraram 37% das queixas.

Por sua vez, os centros de saúde registaram como principal motivo de reclamação a dificuldade de contacto para a marcação de consultas, o que contabilizou 56% das queixas, e quanto aos hospitais públicos a principal razão de descontentamento  foi o mau atendimento e o serviço prestado (representaram 21% das reclamações dos consumidores).

Quanto ao setor privado, o Portal da Queixa regista que o principal problema relatado pelos consumidores está relacionado com a faturação errada de valores indevidos (43%). Também a cobrança de taxas de kits de proteção Covid-19 foi motivo de 23% das reclamações geradas, e o alegado mau atendimento foi responsável por 12%.



Fonte: Economico – Politica

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