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Depois da Huawei, Trump quer parar negócios da chinesa Hikvision


A administração norte-americana liderada por Donald Trump está a considerar estender a outras empresas chinesas o pacote de sanções destinado à Huawei e em vista está a Hikvision, uma empresa de vigilância. O figurino é o mesmo: restrições à compra de tecnologia norte-americana por parte da Hikvision e a obrigação, para as empresas norte-americanas fornecedoras, da obtenção de uma espécie de visto prévio governamental antes de manterem os contactos comerciais com a empresa chinesa.

Recorde-se que os Estados Unidos colocaram a Huawei Technologies numa lista negra na semana passada, proibindo as empresas norte-americanas de fazerem negócios com a maior fabricante de equipamentos de rede de telecomunicações do mundo.

Os Estados Unidos acusaram a Huawei de atividades contrárias à segurança nacional, uma acusação que a empresa chinesa nega. No entanto, já esta semana, a administração Trump concedeu à empresa uma licença para comprar bens norte-americanos até ao dia 19 de agosto, depois de um dos seus fornecedores, a Google, ter dado a entender o desastre que a decisão da Casa Branca poderia constituir.

“Mesmo que os Estados Unidos proíbam as vendas à nossa empresa, podemos remediar isso através de outros fornecedores”, disse um executivo da Hikvision, citado por vária agências de notícias, repetindo aquilo que, oficialmente, a Huawei já tinha afirmado.

“Os chips usados ​​pela Hikvision são muito comercializados e a maioria dos fornecedores está na China”, disse o mesmo responsável, que preferiu o anonimato, mas acrescentou que a empresa não foi informada oficialmente da existência de qualquer lista negra norte-americana.

A agência Bloomberg afirmou que o governo norte-americano está a trabalhar na elaboração desta lista negra que incluiu a Huawei e agora a Hikvision (que fabrica os equipamentos de segurança Zhejiang Dahua Technology) e várias outras empresas não identificadas – mas a Casa Branca recusou, para já, qualquer comentário.

A Hikvision, avaliada em 37 mil milhões de dólares e detida em 42% pelo Estado, é um dos maiores fabricantes de equipamentos de vigilância por vídeo do mundo. Os seus produtos são usados na vigilância de locais públicos em várias cidades chinesas. Com sede em Hangzhou, uma das cidades mais ricas da China, a empresa vende produtos de TV de circuito fechado, câmaras térmicas e de tráfego e veículos aéreos não tripulados.



Fonte: Economico – Politica

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