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Klaus Regling defende criação de instrumento de estabilização macroeconómica na zona euro


O administrador executivo do Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE), Klaus Regling, defendeu esta sexta-feira a criação de instrumento orçamental para a estabilização macroeconómica na zona euro. O economista considera que a zona euro está atualmente “muito mais sólida” com a criação dos fundos de resgate e avançou que é da intenção da Comissão Europeia e o MEE desenvolverem uma “análise de sustentabilidade da dívida” para os países que precisem.

“Há boas razões para também se falar de um instrumento orçamental para a estabilização macroeconómica, apesar de se estar longe de um consenso sobre o tema entre os Estados-membros”, afirmou Klaus Regling, na conferência “Para onde vai a Europa?”, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian. O economista recordou, no entanto, que o MEE só pode emprestar dinheiro a estados membros se a dívida deles for sustentável.

Klaus Regling disse que um dos objetivos para o futuro é desenvolver, em conjunto com a Comissão Europeia, uma análise à sustentabilidade da dívida dos diferentes países que integram a zona euro que necessitarem de ajuda financeira. Além disso, é da intenção do economista que o MEE facilite discussões futuras entre credores e Governos, se uma “possível reestruturação da dívida, for desejável e útil”.

O economista sublinhou, no entanto, que “a intenção não é ter mais reestruturações de dívida mas mais transparência e previsibilidade”. Klaus Regling referiu-se ao caso de Portugal, Irlanda, Espanha e Chipre que são “histórias de sucesso”, que registam agora elevadas taxas de crescimento e uma queda das taxas de desemprego, além de conseguirem refinanciar-se no mercado novamente “com facilidade”.

No caso português, Klaus Regling destacou que a recente melhoria da avaliação da dívida soberana de Portugal pela agência de rating Standard & Poor’s (S&P), que subiu o rating de portugal para dois níveis acima do grau de investimento especulativo, é um “sinal de otimismo”. A somar a isso, Portugal tem registado um bom crescimento económico, queda no desemprego e no juro das obrigações a 10 anos.



Fonte: Economico – Politica

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