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KKR ganha concurso para a compra da carteira de 1,75 mil milhões de malparado do Novo Banco


O consórcio composto pela KKR, pela Hipoges e LX Partners foi o vencedor do concurso lançado pelo Novo Banco para a venda de um portfólio de crédito malparado (non performing loans, ou NPL) no valor de 1,75 mil milhões de euros, conhecido por “Projecto Nata”, sabe o Jornal Económico. O prazo para a entrega das propostas vinculativas fechou na sexta-feira.

O Novo Banco escolheu o fundo KKR que se apresentou a concurso com a Hipoges e com LX Partners, porque, segundo as nossas fontes, o preço foi decisivo na escolha.  A LX Partners vai ficar com os crédito insecured (sem garantias), tipo crédito ao consumo.

Esta era a maior operação de venda de crédito malparado de sempre em Portugal. O ano 2018 foi o mais movimentado neste negócio.

A Alantra foi o advisor da operação.

As três instituições que passaram à fase final das propostas vinculativas para a compra do portfólio de crédito problemático, ao qual o banco chamou “Projeto Nata”, foram o alemão Deutsche Bank, que se apresentou a concurso em consórcio com o CarVal Investors e com a Arrow Global (dona da Whitestar); e o Cerebrus Capital Management, que concorreu com a Finsolutia de Nuno Espírito Santo Silva. Segundo as nossas fontes, já depois da entrega dos envelopes fechados o  Cerebrus saiu da corrida.

A operação passa agora por um novo conjunto de diligências, a ser levadas a cabo pelo Novo Banco e pela Alantra.

A carteira é composta por uma parcela de 550 milhões de euros da qual faz parte o crédito não recuperado de 54 empresas (portando é crédito de grandes devedores). A outra parte soma 1,2 mil milhões de euros de empréstimos em incumprimento concedidos a 62.600 credores que são empresas e clientes de retalho, mas de menor dimensão.

Na última divulgação de resultados (terceiro trimestre) o Novo Banco anunciou que a carteira de crédito malparado (NPL – non-performing loans) desceu 380 pontos base para um rácio de 27,7%, ou seja menos 1,6 mil milhões de euros. Mas “o banco vai vender até ao fim do ano uma carteira de 1,7 mil milhões de euros de crédito NPL, pelo que vamos dobrar a redução de malparado até ao fim do ano”, disse na altura o CEO do banco ao Jornal Económico.

O stock de non performing loans evoluiu de 10,1 mil milhões em setembro de 2017 para 8,5 mil milhões em setembro de 2018 (redução de 1,6 mil milhões de euros).

“O rácio de NPLs (non-performing loans) situou-se nos 27,7% (-3,8 pontos percentuais face a setembro de 2017) devido à continuada redução do crédito não produtivo, com o rácio de cobertura a atingir os 63,5% (+11,6 pontos percentuais face ao período homólogo)”, lia-se nas contas de setembro.

A redução observada no crédito a empresas (-1,59 mil milhões de euros) “teve especial incidência no crédito não produtivo/non performing loans (-1,6 mil milhões)”, explicou a o banco. Em 30 de setembro de 2018, o crédito a empresas caiu -7,7% em termos de variação homóloga, a representatividade do crédito a empresas no total da carteira era de 62,5%.

Contactada fonte oficial não comenta.

(em atualização)



Fonte: Economico – Politica

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