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Wall Street arranca em baixa com queda do petróleo


Os mercados financeiros norte-americanos abriram a sessão desta quinta-feira, dia 6 de dezembro, em terreno negativo. A bolsa de Nova Iorque, à semelhança das praças europeias e asiáticas, está a ser marcada pela queda do petróleo e por receios perante a deteção da diretora financeira da Huawei – ordenada pelos Estados Unidos e com a desaprovação da China, o que poderá desencadear novamente desentendimentos entre as duas potências mundiais.

Entre os principais índices bolsistas norte-americanos, o industrial Dow Jones recuou 1,54%, para os 24.641,60 pontos, e acompanhando estes números em baixa, o alargado S&P 500 perde 1,46%, para os 2.660,58 pontos. Na mesma linha, o tecnológico Nasdaq desliza 1,44%, para os 7.055,39 pontos. Já o Russell 2000 desvaloriza 1,49%.

“O setor tecnológico é o que está sob a maior pressão, depois de uma fabricante taiwanesa de lentes para smartphones ter reportado uma forte queda nas receitas em novembro, deixando as fornecedoras da Apple em alerta e castigando a própria fabricante do iPhone. Os sentimentos em torno da guerra comercial EUA/China estão “à flor da pele” e isso traz volatilidade aos mercados. A yield curve quase flat para maturidades de 2,3,5 e 7 anos é outro ponto a condicionar”, explica Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp.

A definir a atenção dos investidores está também a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que decorre na cidade de Viena, em Áustria. A cotação do barril de Brent recua 1,64%, para 60,55 dólares, enquanto a cotação do crude WTI perde 2,06%, para 51,80 dólares por barril. Segundo assinalam os analistas do CaixaBank/BPI Research, depois de o petróleo ter perdido 20% ao longo deste mês, o cartel está pressionado em reduzir a produção.

“Nos últimos dois meses, o mercado petrolífero sofreu uma profunda alteração de perceções da relação entre a oferta e a procura. Até ao início desse mês, os investidores acreditavam que a oferta deveria corresponder sensivelmente à procura durante o próximo ano. No entanto, os crescentes sinais de abrandamento da economia global aliados ao facto de quase todos os principais produtores operarem na sua capacidade máxima conduziu muitos investidores a anteciparem uma oferta excessiva que os induziu a vender”, referem.

Quanto ao mercado cambial, nota para a apreciação de 0,43% do euro face ao dólar (1,1393) e para a valorização de 0,38% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,2782).

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Fonte: Economico – Politica

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